Se a gestão financeira é o coração da empresa, você sabe a quantas anda o seu?

Se a gestão financeira é o coração da empresa, você sabe a quantas anda o seu?

O coração é um órgão vital para o ser humano. Sem ele, nada funciona. Fazendo uma analogia com o mundo dos negócios, a gestão financeira é o coração de qualquer empresa. E se algo não vai bem com as finanças, pode ter certeza que as demais áreas também vão mal.

Se você é dono de uma empresa, entende a grandeza dessa comparação todos os dias. Quantas dificuldades você já enfrentou pela falta de uma boa gestão financeira? Pois é, imagino que inúmeras.

Mas, afinal, o que é e como fazer uma boa gestão financeira?

Quando me pergunto isso, penso imediatamente em uma correta administração e controle das atividades financeiras. É claro que essa é uma definição ampla, quase abstrata, que inclui uma série de ações e procedimentos.

Mas se estamos falando de um conceito tão difundido no mundo empresarial e que teoricamente aplicamos na nossa rotina, por que a gestão financeira ainda é o “calcanhar de aquiles” de tantas empresas, principalmente das pequenas e médias?

A verdade é que não há uma única resposta para essa questão

Os erros parecem caminhar juntos. Podemos citar como exemplos disso não controlar o fluxo de caixa, ter problema para formar preço, misturar receita da empresa com ganhos pessoais, tudo isso aliado à falta de controle de estoque, falta de conhecimento sobre o rendimento (resultado) operacional da empresa, ausência de um plano financeiro, sem contar o imediatismo que toma conta de alguns empresários que preferem não pensar em longo prazo.

Durante a minha experiência em gerenciamento financeiro de empresas de diferentes portes, pude perceber que um dos grandes desafios quando falamos desse assunto, principalmente em relação aos pequenos e médios empresários, é, justamente, esse controle e monitoramento adequado das finanças – no caso a falta de controle e monitoramento.

Só que CONTROLE e MONITORAMENTO são palavras-chave para a geração de números confiáveis, que embasem decisões estratégicas

O que quero dizer é que somente com indicadores precisos, aliados à disciplina e pensamento de longo prazo, é possível organizar todas as movimentações da empresa, analisar seus resultados, entender o que pode ou não ser feito, atuar nas distorções do planejamento orçamentário e, a partir disso, tomar decisões mais assertivas para o seu negócio.

Imagine o seguinte cenário: você é sócio/empresário e deseja retirar o valor correspondente à sua remuneração a partir da disponibilidade imediata de caixa, tomando como base somente o saldo do banco. Ao fazer isso, você compromete recursos da sua empresa que deveriam ser alocados em obrigações futuras e/ou investimentos necessários.

O passo seguinte nessa história, por exemplo, é deixar de honrar encargos trabalhistas e impostos por, adivinhe só?, falta de dinheiro. Daí para frente, vira uma bola de neve. Mas o desfecho para essa situação poderia ser diferente se houvesse uma análise mínima das movimentações de médio prazo, em que fossem avaliados todos os recursos disponíveis, com base em números confiáveis, para que tal ação pudesse ser realizada com mais segurança, sem comprometer a saúde financeira da empresa.

Com isso, quero ressaltar a importância de entender o sistema como um todo, a partir de uma visão macro. Não se trata de “quanto eu tenho disponível para gastar hoje?”, mas “diante dos números que tenho em mãos, hoje, o que posso fazer sem comprometer minha empresa?”.

Integração é fundamental

Vejo, em muitos casos, a ausência de integração dos conhecimentos técnicos com a atividade empresarial. Para reverter esse jogo, o gestor financeiro precisa conhecer bem o processo produtivo, a sistemática das vendas, as implicações fiscais, os recursos humanos e tecnológicos da empresa, entre outros aspectos que influenciam diretamente no planejamento financeiro e na análise dos resultados.

Uma gestão financeira eficiente que gere rentabilidade, competitividade e evite o endividamento passa por olhar os números frente à operação, especificidades do mercado, pensar em médio e longo prazo, etc.

Voltando ao início do artigo, lembra que eu disse que o coração é importante para a manutenção de todo o corpo? Com a gestão financeira de uma empresa não é diferente.

Diante de situações adversas pelas quais passamos ou vemos colegas próximos passarem, fica a lição de que somente uma correta gestão das finanças é capaz de dar parâmetros seguros e fornecer recursos que impactem na melhoria da empresa como um todo.

Se algo não vai bem com as finanças, pode ter certeza que as demais áreas também vão mal. Tudo está interligado. Partindo desse princípio, eu deixo a pergunta: como você está cuidando da sua gestão financeira? Se você tem sentido dificuldades, me mande uma mensagem no inbox e vamos conversar sobre as melhores soluções.